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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Curso de vôo visual (VFR)

CURSO DE VÔO VISUAL (VFR)




INTRODUÇÃO:



Os entusiastas da aviação gostam de saber tudo sobre aviação se possível e de fazer vôos virtuais nos simuladores totalmente reais. Então entusiastas, podem comemorar, esse é o curso de vôo visual ou VFR para simuladores.

O autor garante a veracidade de todas as informações aqui contidas.

O curso é para ser usado em simuladores; para pilotar um avião real você tem que fazer um curso em escola ou aeroclube homologado pelo DAC (Departamento de Aviação Civil).

O autor não se responsabiliza por danos que sejam causados pelo uso das informações aqui contidas para o vôo em aviões reais.

A posse deste tutorial significa que você está ciente e concorda com os termos aqui expostos.

O curso visa deixar os seus vôos virtuais totalmente dentro da realidade ensinando tudo sobre vôos VFR para quem é leigo e tirando várias dúvidas de quem já faz seus vôos virtuais.





O VÔO VFR.


O vôo visual (VFR) é executado com condições meteorológicas boas ao contrário do vôo por instrumentos (IFR) que é executado quando as condições são adversas. Essas condições são as condições de vôo, que podem ser:



VMC – Visual Meteorological Conditions – Condições Meteorológicas Visuais.

IMC – Instrument Meteorological Conditions – Condições Meteorológicas de Instrumentos. Sem ou com pouca referência visual.



Quando nós estamos fazendo o plano de vôo nós escolhemos o tipo de vôo dependendo das condições de vôo serem VMC ou IMC.

Quando as condições de vôo são VMC a gente pode voar VFR ou IFR e quando são IMC só podemos voar IFR. Vejamos o significado das siglas:



VFR – Visual Flight Rules – Regras de Vôo Visual.

IFR – Instrument Flight Rules – Regras de Vôo por Instrumentos.



Nos vôos visuais quem mantém a separação entre a aeronave, os obstáculos e outras aeronaves é o próprio piloto e quem matem a separação entre os vôos VFR e os IFR são os controladores. A responsabilidade pelo cumprimento das regras é unicamente do piloto em comando da aeronave.



Nesses vôos nós devemos seguir as regras de vôo visual (VFR) que se dividem em Regras Gerais e Regras de Vôo Visual:



Aplicabilidade das regras VFR:



Estas regras se aplicam a:



- Toda aeronave que esteja operando dentro do espaço aéreo brasileiro, não importando seu país de origem;

- Toda aeronave brasileira, não importando o país que esteja, contanto que não interfira com as regras do país nem com as da ICAO International Civil Aviation Organization.



Regras Gerais:



Você não pode lançar objetos de um avião em vôo, não pode fazer operações que tragam risco para a aeronave, seus ocupantes e pessoas no solo e tem também as regras de tráfego que são:



Direito de passagem:



• Quando duas aeronaves se aproximam frontalmente, as duas têm que virar para a direita.

• Quando uma aeronave está vindo da direita de outra com rumo 90º menor a que tem a outra a sua direita deverá reduzir a velocidade e ceder passagem.

• Em ultrapassagens a aeronave ultrapassadora é que se aproxima por trás em um ângulo igual ou menor a 70º com o lado da ultrapassada. A ultrapassada devido ao seu restrito campo de visão para traz tem sempre direito de passagem, devendo a ultrapassadora manter-se sempre fora da trajetória da primeira.



Veja nas figuras abaixo:



Aproximação frontal:







Aproximação lateral:







Ultrapassagem:







Pouso:



Todos os aviões que estão em vôo visual e chegam para pousar em um aeroporto devem seguir um padrão chamado Circuito de Tráfego Visual. Veja na figura abaixo. Esse padrão permite que você veja outras aeronaves voando e no solo preparando-se para decolar, organizando o tráfego em cima do aeroporto.

As aeronaves que estão vindo para pouso têm sempre preferência sobre as que estão esperando para decolar.

Os pousos são sempre feitos contra o vento, isso é o que define a pista ativa do aeroporto, aquela que estiver mais na direção oposta do vento. Planadores também sempre têm preferência para pouso, exceto em casos de emergência.

Circuito de Tráfego Visual:



Altitudes:

Aviões com motores a pistão: 1000 pés.

Jatos e turbo-hélices: 1500 pés.

Muda dependendo do aeroporto, mas essas são as mais comuns.



Se os ventos estiverem com menos de 6 KIAS são considerados calmos.

Vamos estudar cada segmento:

Perna de partida:

É a decolagem.



Perna do Vento Cruzado:

Virando 90º à esquerda você estará na perna do vento cruzado. Vire para esta perna quando estiver além da cabeceira da pista e dentro de 300 pés da altitude do circuito de tráfego (TPA – Traffic Pattern Altitude – Altitude do circuito de tráfego máxima).Durante toda a perna de partida e a perna do vento cruzado e também a perna do vento você pode continuar subindo. Isso depende do quanto você faz as curvas fechadas, do tamanho da pista e também da potência do avião. Durante um circuito de tráfego limite suas curvas a 30º de inclinação lateral.

Perna do vento:

É assim chamada porque agora você está voando na direção do vento e não contra ele, na direção oposta a que você vai pousar. Vire 90º à esquerda para a perna do vento entre meia milha e uma milha da pista, isso permite que você faça um pouso de emergência caso precise e também permite que você veja a pista de perto o suficiente para calcular o desvio do vento e fazer correções e também para ver aviões no solo indo para decolar. Você pode olhar pela janela ou calcular utilizando a velocidade no solo. Por exemplo, a 75 KIAS o avião voa 1.25 milha em um minuto. O rumo da perna é o oposto da pista de pouso, devendo a gente corrigir o desvio provocado pelo vento se houver.



Perna de base:

Voe na perna do vento até a cabeceira da pista está no seu través (no seu lado), então comece a configurar o avião para pouso caso tenha recebido autorização. Quando a cabeceira da pista estiver em um ângulo de 45º com a asa do avião ou no meio do caminho entre a asa e a cauda do avião vire 90º à esquerda novamente para a perna de base. A perna de base é a perna de transição onde ajustes importantes são feitos no avião. Não vire antes da hora ou não terá tempo suficiente para ajustar a velocidade, a planagem, a compensação e outros fatores a mais que haja. Se não estiver seguindo outro tráfego (avião) ou sendo seguido, é melhor alongar a perna do vento para ter mais tempo para se preparar para o pouso.



Aproximação final:

Você pode começar a descer na perna de base se quiser. Na aproximação final você já deve estar com o avião configurado para pouso, bastando apenas ajustar a velocidade e o planeio. Se você estiver muito baixo pode fazer uma curva direto do final da perna de base para a pista. Se estiver muito alto você pode aumentar a perna de base, dando mais tempo para descer. Outra opção é você voar em S na aproximação final. Vai dá impressão que você bebeu, mais é normal. Veja nas figuras:







Regras de vôo visual:



1 – Referências visuais:



Sempre manter referências visuais com o solo, relevo ou água.



2 – Altura mínima:



Em lugares habitados: 1000 FTS acima do mais alto obstáculo num raio de 600 metros.

Em lugares despovoados ou sobre a água: 500 FTS.



3 – Nível de vôo:



Os FLS (Flight Levels – Níveis de vôo) são as altitudes a partir de 3000 FTS. Nos vôos visuais nós só podemos usar níveis de vôo não cheios, pois os níveis de vôo cheios são para os vôos IFR, e de 500 em 500 pés. Por exemplo:



FL035=3500 FTS.

FL065=6500 FTS.

FL125=12500 FTS.



4 – Rumos magnéticos:



Para evitar possíveis colisões no ar entre dois aviões em vôo visual, nós utilizamos o rumo da rota da aeronave para escolher a altitude de cruzeiro.

As aeronaves com rumos entre 1º e 180º só podem escolher níveis de vôo ímpares. Por exemplo: FL075=7500 FTS.

As aeronaves com rumos entre 181º e 360º só podem escolher níveis de vôo pares. Por exemplo: FL085=8500 FTS.



5 – Nível máximo de vôos VFR:



O nível de vôo máximo para vôos VFR é FL150. Como não podemos usar níveis cheios em vôos visuais, na prática o nível de vôo máximo é FL145.



6 – Velocidade máxima:



Até o FL100: 250KTS.

Do FL100 ao FL145: 380KTS.



7 – Visibilidade horizontal mínima:



Até o FL100: 5000 metros.

Do FL100 ao FL145: 8000 metros.



8 – Quantidade de nuvens:



A quantidade máxima de nuvens permitida em vôos visuais é 50% do céu.



9 – Distância mínima das nuvens:



Vertical: 1000 FTS.

Horizontal: 1500 metros.



10 – Mínimos meteorológicos dos aeródromos envolvidos:



Teto: 1500 FTS.

Visibilidade horizontal: 5000 metros.



Códigos transponder especiais para vôos VFR e IFR:



2000 – Aguardando instruções do órgão ATC.

7500 – Interferência ilícita (Seqüestradores a bordo).

7600 – Falha de comunicações (Pane de rádio).

7700 – Emergência (Qualquer tipo de pane).



Observações:



Nos vôos visuais não há nenhum tipo de aproximação por instrumentos, nem mesmo aproximação ILS.



Os vôos visuais podem utilizar aerovias, mas somente as inferiores, as superiores são para os vôos IFR.



Se você estiver voando visualmente e as condições começarem a mudar, você deve pedir autorização IFR em vôo ao órgão ATC. Se você não for habilitado para vôo por instrumentos deve pousar imediatamente no aeroporto mais próximo, ou, se não der tempo, deve pousar numa fazenda, por exemplo.



Espaços aéreos no Flight Simulator:



Espaço aéreo classe A:



De FL180 até FL600. Os vôos nesse espaço aéreo dedem ser por instrumentos, a não ser que seja autorizado para o contrário.





Espaço aéreo classe B:



Da superfície para FL100 em um raio de normalmente 30MN do aeroporto principal de uma região. No Brasil essa classificação de espaço aéreo não existe.



Espaço aéreo classe C:



Da superfície para FL040 em um raio de 10MN de um aeroporto.



Espaço aéreo classe D:



Da superfície para 2500 FTS (762 m) MSL acima de um aeroporto com torre operacional. O espaço aéreo classe D é individualmente delineado em cada aeroporto.



Espaço aéreo classe E:



Todo os outros espaços aéreos controlados que não sejam da classe A, B, C, e D. Não temos que nos comunicar com ninguém no espaço aéreo da classe E, a não ser que o clima seja IFR.



Espaço aéreo classe G:



Espaço aéreo não controlado com três níveis de altitude diferentes: da superfície até e incluindo 1.200 pés (365,76 m) acima do nível do solo (AGL), mais de 1.200 pés AGL, porém menos de 10.000 pés (3.048 m) MSL e em ou acima de 10.000 pés MSL até, mas não incluindo, 14.500 pés (4.420 m) MSL. Você não precisa se comunicar com ninguém ao voar no espaço aéreo da Classe G.


Robson Faria Machado. Junho de 2004.

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